8 de jan. de 2010

ESSA noite

Eu não sabia realmente porque eu havia ficado sentado ali naquela mesa, eu ouvi a voz dele me fazendo perguntas vulgares mas eu não queria magoa-lo, não falei o quanto eu não gostava daquele tipo de conversa, no fundo ele parecia um garoto assustado, assustado por não saber como falar algo pra que eu goste dele, e curioso afinal ele foi um dos únicos nos últimos três meses que realmente tava prestando atenção no que eu falava, ou ele pode ser profissional nisso também. Não sei como mas esse menino misterioso que tem nome, codinome, apelido, e nome artístico, esse mistério em forma de gente que fala de uma forma simples. E é nesse momento é que a gente percebe que importante não é falar correto e sim falar, falar e falar. Nada é tão chato quanto uma pessoa que tem medo de falar e quando fala. E mostrou a sua simplicidade, mostrou que ele tava ali dizendo que gosta de mim com uma sinceridade incrível e que ele não tinha vergonha de dizer. E no fim de tudo. Eu vi aquele garoto como alguns poucos garotos vem outros, como uma pessoa, um ser, um garoto, eu não olho pra um cara e penso “É com esse que eu vou fazer sexo ESSA noite!” e ele percebeu que ao contrario dos ultimos garotos que ele deve ter ficado eu via ele como ele realmente era e não como um objeto que eu posso pagar por uma noite pra me divertir.
Urbanous